1º Concurso de Bandas @ Santana Café

Foi no passado Sábado, dia 10 de Maio, que se realizou a final de bandas organizada pelo Santana Café, em V. N. Famalicão. Para aqueles menos informados, foi um concurso realizado nas instalações do café e que contou com a participação de 20 bandas, distribuídas por 4 eliminatórias. O evento começou a ser um sucesso ainda durante o período de inscrições, tal foi a afluência das bandas, o que levou a que se tivesse que seleccionar as presentes. A distribuição foi a seguinte:

1ª Eliminatória: BlackBird Prophet (V.N. Gaia) | The Law’s (V.N. Famalicão) | Silver Stones (Barcelos) | Neverquit (Porto) | AMG (V.N. Famalicão)

2ª Eliminatória: Circle Birth (Braga) | Grand Father’s House (V.N. Famalicão) | Mortos Vivos (V.N. Famalicão) | Metáfora (Valença) | ICHTUS (V.N. Famalicão)

3ª Eliminatória: Epic Road (V.N. Famalicão) | Hard N Fast (V.N. Famalicão) | Kwantta (Abrantes) | Scream of the Soul (V.N. Famalicão) | Unknown Source Band (V.N. Famalicão)

4ª Eliminatória: Amores Imperfeitos (Leiria) | El Coyote (Maia) | Sigma Dep (Guimarães) | Versus (Porto) | Wild Apes (Porto)

Para a final do dia 10 de Maio passaram as 4 bandas vencedoras: BlackBird Prophet, Metáfora, Kwantta e Sigma Dep, juntando-se a elas os The Law’s, a melhor dos segundos classificados.

Para além do Santana Café quem também idealizou este evento foram os Via Sacra, banda rock de Famalicão, cuja experiência e know-how foram uma mais-valia para o evento. Não que o Santana Café não estivesse preparado, visto ser usual organizar concertos nas suas instalações; no caso de um evento desta magnitude, aí sim foi o primeiro. Mas posso desde já adiantar que irá haver uma próxima edição, que irá contar com o apoio deste vosso blogue, sempre no apoio da boa música que por cá se faz. Outro parceiro de peso foi o programa de rádio Famarock, que está sempre na vanguarda da música nacional.

Não vou aqui analisar o que se passou nas eliminatórias até porque não estive presente em nenhuma. Fosse por motivos pessoas, profissionais ou apenas por não querer fazer parte de uma eliminatória que envolvesse bandas que já conhecia e que poderiam influenciar a minha decisão, apenas participei no júri da final. E fui muito bem acompanhado pela Patrícia Silva (radialista da Rádio Cidade Hoje e mentora da rubrica Famarock), Aguiar Silva (vocalista e frontman da banda Éden) e Pedro Moniz (virtuoso guitarrista dos Éden).

Logo para começar foi agradável ver uma casa repleta de gente. Tenho ido a vários eventos, com bandas nacionais e internacionais e o cenário tem sido algo triste, com fracas adesões de público. É certo que era de entrada livre, mas por experiência sei que isso só não chega. Outro pormenor que me agradou foi o serviço e os preços. Finalmente alguém que percebeu que não é à custa dos clientes/público que se pagam os investimentos; bons preços atraem mais pessoas… e não esquecer que havia prémios monetários em jogo para as bandas. Fica aqui o exemplo para quem o quiser seguir.

No que diz respeito às bandas não creio que se possa dizer muito. Se estavam na final é porque mostraram nas respectivas eliminatórias que mereciam lá estar. E pelo que vi só posso dizer que o mercado nacional tem muita e boa matéria. Para além disso não é de bom-tom agora comentar aqui pormenores que foram analisados em privado aquando da votação. Vou apenas referir alguns pontos da banda vencedora, os Kwantta.

Começo por dizer que foram vencedores por unanimidade. Excelentes músicos e boas vocalizações, complementados por uma actuação séria e ao mesmo tempo divertida. Conseguiram aliar o profissionalismo do que estavam ali a fazer com a boa disposição e à-vontade que lhes era exigida perante a plateia. Facilmente contagiaram e envolveram o público na sua actuação. Bastante “equilibrados” no que à conversa com as pessoas diz respeito, bom aproveitamento dos tempos entre músicas, enfim, uma grande mostra de qualidade em palco. Sem dúvida merecedores dos 300€ de prémio. Em 2º lugar ficaram os BlackBird Prophet (prémio de 150€) e em 3º os Metáfora (prémio de 50€).

Mas mais do que os prémios e reconhecimento fica o desafio às 5 bandas finalistas: agora que mostraram que tinham valor (por isso chegaram à final) só têm de trabalhar para serem ainda melhores. Pois a responsabilidade que quem vence é demonstrar não que são os melhores mas sim que se destacaram dentre os melhores que ficaram pelo caminho.

Só me resta agradecer o convite que me foi dirigido para fazer parte deste grande evento e esperar pelo próximo!