Dark Symphonica - Immersion



Se pegarmos na fúria do Thrash e lhe dermos uma toada Progressiva, juntarmos instrumentos clássicos e complexas orquestrações para depois servirmos tudo envolto num ambiente neo-clássico acompanhado pela voz de Sam Wolstenholme, ficamos com uma ideia do que “Immersion” nos traz.

Basicamente, os Australianos Dark Symphonica são um quinteto de Metal Sinfónico com vocalista feminina; numa primeira análise, esse rótulo servirá para afastar a maioria que certamente pensará “mais uma banda dessas?”... Bem, se na maioria dos casos isso se aplica acredito que aqui haverá algo mais a dizer que abonará em favor da banda. Logo à partida exclui-se a possibilidade de estarmos perante um clone de bandas da vertente mais gótica, aqui impera mesmo o metal; por outro lado temos uma muito forte presença do elemento sinfónico, com o uso de sintetizadores e piano em quase todas as faixas. Também em quase todas temos ali pelo meio uma passagem mais progressiva, cheia de escalas; noutras, nota-se o peso dos riffs mais Thrash a dar músculo às composições. Também na voz se destaca algo de “próprio”: o timbre de Sam fica por ali entre um tom mezo e uma soprano. Na minha opinião um pouco “baixo” mas ainda assim perfeitamente enquadrado no som da banda.

Em suma, este é um colectivo que conjuga bem a clássica melodia com o peso da modernidade, criando composições musculadas mas com uma aura de beleza que lhes dá um toque próprio. É um trabalho a escutar, mesmo para os que preferem sonoridades mais extremas.

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If we take Thrash’s fury and give it a Progressive tune, add some classical instruments and complex orchestrations to serve it all wrapped in a neoclassical environment accompanied by Sam Wolstenholme’s voice, we have a pretty good idea of what “Immersion” brings us.

Basically, Australians Dark Symphonica are a Symphonic Metal quintet with feminine vocals; at first that label will suffice to keep the majority aside, thinking “just another female front-end band?...” Well, if in most cases that applies I do believe there is something more to say that favors the band. Priori we can exclude the possibility of facing a clone of bands with a gothic approach, metal rules here; on the other hand we have a strong presence of the symphonic element with the use of synthesizers and piano on almost all tracks. Also, in most of them we can hear somewhere in between Prog parts full of scales; in others, we can tell the presence Thrash riffs, muscling it up. Even in Sam’s voice there is something “unique”: her timbre is somewhere between a mezo and a soprano. In my opinion a little “lowered” yet it fits perfectly in the band’ sonority.

In short, this is a band that combines the classical melody with modern heaviness, creating muscled tracks but with an aura of beauty that makes them unique. It’s an album to listen to, even by the ones that prefer more extreme sounds.

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