Flotsam And Jetsam - Flotsam And Jetsam

 

Uma das bandas que certamente marcou a cena thrash são os Norte-Americanos Flotsam And Jetsam. Com uma carreira tão longa como três décadas recheada de altos e baixos, com lançamentos marcantes no seu historial apesar de constantes mudanças de membros e presença nos catálogos de várias editoras, era de esperar que não parassem por aqui o seu percurso musical. Depois de uma tournée em 2015 que serviu para olear a máquina e cumprir compromissos, a banda decide então concentrar-se em pleno na escrita de novo material que culmina no homónimo “Flotsam And Jetsam”.

A utilização do nome da banda neste álbum tem vários significados: apesar da sua longevidade, marca um novo começo para um colectivo que ainda tem muito para dar ao thrash mundial, além de mostrar que não se remeteram a louros granjeados no passado e conseguiram escrever um conjunto de temas que vão buscar a essência da época de ouro mas com uma frescura bem actual e nada repetitiva. A começar, “Seventh Seal” transpira excelência com uma toada mais progressiva e um solo de guitarra de arrebatar para logo depois “Life Is A Mess” abrir o mosh pit, continuando depois a fúria das baquetas de Jason em “Taser” com um ritmo que nos transporta para os anos 90. “Iron Maiden”, com aquela cavalgada e guitarras compassadas poderia ser claramente uma cover para um tema dos Britânicos Iron Maiden, mas deles retém apenas o nome e serve-lhes igualmente de tributo; na verdade fala do instrumento de tortura medieval. “Verge Of Tragedy” tem uma abordagem lírica mais doom ao som de guitarras progressivas… sou só eu ou mais alguém sente aqui algo de Nevermore a pairar? “Creeper” acaba por ser uma das músicas que menos aprecio (talvez por ser a mais lenta), saltando logo para “L.O.T.D.” que acelera novamente para um speed thrash old school. O instrumental “The Incantation” funciona muito bem como introdução para uma “Monkey Wrench” plena de força e groove, com uma bateria demolidora e outro solo de guitarra bem conseguido e toda essa energia passa também para “Time To Go”, um dos melhores temas de todo o álbum. Este registo fica completo com “Smoking Gun” e “Forbidden Territories”; esta última faixa e simplesmente brutal, com aquelas guitarras e bateria a criarem uma intro para um som de baixo sensacional.

Este regresso dos Flotsam And Jetsam traz-nos 12 temas de qualidade inequívoca, mostrando que é possível escrever bons álbuns de thrash sem ser demasiado repetitivo ou soar datado. O assinar pela Alemã AFM Records permite-lhes também uma entrada mais forte no mercado Europeu, traduzindo-se isso nas inúmeras datas já marcadas da tournée. Um álbum mais do que recomendado para quem já conhece a banda e para todos aqueles que queiram ouvir música boa.

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One of the bands that certainly stood out in the thrash scene are the North Americans Flotsam And Jetsam. With such a long career of three decades filled with ups and downs, with striking releases in their history despite constant lineup changes and present with several labels rooster, it was expected they didn’t stop now their musical path. After a 2015 tour which served to lubricate the machine and meet commitments, the band decides then to fully focus on the writing of new stuff which resulted in the homonymous “Flotsam And Jetsam”.

The use of the band’s name in this album has several meanings: despite their longevity it marks a new beginning to a band that has still a lot to give to world thrash, besides showing that they didn’t accommodate to acquired credits in the past and managed to write a set of songs that are imbued with the scent of the golden age yet with a contemporary and none repetitive freshness. To begin, “Seventh Seal” perspires excellency with a progressive pace and a killing guitar solo that driven “Life Is A Mess” to open the mosh pit, continuing afterwards the fury of Jason’s drumsticks in “Taser” with a rhythm that takes us back to the 90’s. “Iron Maiden”, with that riding and paced guitars could easily be a cover to a song from the British band Iron Maiden, but of them it only retains the name and serves also as a tribute; in fact, it talks about a medieval torture machine. “Verge Of Tragedy” has a lyric more into doom with progressive guitars… is it just me or anyone else feels Nevermore in the air? “Creeper” becomes one of the songs I less appreciate (maybe because it’s the slowest), jumping soon to “L.O.T.D.” that fastens things up again with a speed thrash old school. Instrumental “The Incantation” works very well as an intro to a “Monkey Wrench” full of groove and strength, with demolishing drums and another well done guitar solo and with all that energy being passed to “Time To Go” as well, one of the best tracks in the entire album. This record is completed with “Smoking Gun” and “Forbidden Territories”; this last track is a brutal one with those guitars and drums creating an intro to a sensational bass line.

This return of Flotsam And Jetsam brings us 12 tracks of unequivocal quality, showing it’s possible to write good thrash albums without being too repetitive or sounding outdated. The signing with German label AFM Records gave them a stronger entrance in the European market, this translated into several dates already booked for the tour. An album more than recommended for those who already know the band and all of those who wish to listen to some good music.

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