Forja - El Llibre Dels Feyts


Da Catalunha chega-nos o quinteto de folk metal Forja; na sua discografia, a banda conta com uma demo em 2013 e um EP em 2015, apresentando agora o seu álbum de estreia “El Llibre dels Feyts”, um trabalho conceptual em torno da figura do Rei Jaime I de Aragão, o Conquistador.

Estes jograis combinam o metal épico e progressivo com uma sonoridade medieval que resulta numa espécie de “trovadores modernos”, acabando por contar a história e os feitos da personagem central ao qual não falta o texto introdutório (“L’Home i la història”) e conclusivo (“La fi del camí”), ao bom estilo trovadoresco. De permeio encontramos faixas que relatam diversos episódios até à sua ascensão a Rei bem como posteriores culminando na sua morte. Aliás, o próprio nome do álbum acaba por ter um duplo significado; se por um lado “El Llibre dels Feyts” (“O Livro Dos Feitos” em Português) é um título que se enquadra na história deste trabalho, por outro foi na verdade um livro escrito por si, o primeiro do que foram consideradas as quatro grandes crónicas Catalãs medievais. Musicalmente considero que este trabalho se enquadra numa sonoridade de metal progressivo com elementos folk/medieval e não o contrário, como se poderia pensar ao ler as linhas acima, em que os instrumentos são perfeitamente conjugados numa simbiose que permite manter as características mais modernas no que diz respeito à melodia e peso ao mesmo tempo que implementa os sons dos instrumentos ancestrais, criando uma envolvência épica. O álbum está como um todo muito bem conseguido, do qual eu destaco as faixas “Aurembiaix” ao estilo Korpiklaani, uma faixa com muita energia e vivacidade; “El Conqueridor” que vai buscar inspiração ao folk Andaluz; “Ales Negres”, uma belíssima balada de inspiração medieval e a homónima “El Llibre dels Feyts” que é quase como que uma música cantada pelo próprio Rei, em jeito de encerramento da história.

Este primeiro grande trabalho dos Forja, ao optarem pela conceptualidade em torno de uma figura marcante na sua história enquanto Espanhóis e Catalães, pode-se classificar como auspicioso e arriscado. A verdade é que a banda foi refinando o seu som desde os primeiros registos, chegando aqui com um nível de qualidade claramente superior que só poderia ter como resultado final um excelente álbum.

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From Catalonia comes folk metal quintet Forja; in its discography the band has a demo in 2013 and an EP in 2015, presenting now its debut album “El Llibre dels Feyts”, a conceptual work around the figure King James I of Aragon, the Conqueror.

This jesters combine epic and progressive metal with a medieval sonority resulting in some sort of “modern troubadours”, ending up telling the story and deeds of the main character not forgetting the introductory wording (“L’Home i la història”) and conclusive (“La fi del camí”), in good old troubadour style. In between we find tracks that tell several episodes since his coronation as a King as well as afterwards ending up in its death. In fact, the name of the album ends up having two meanings; if for one hand “El Llibre dels Feyts” (“The Book Of Deeds” in English) is a title that fits well in this work on the other hand was in fact a book written by Jaime itself, the first of what were considered the four major Catalonia medieval chronicles. Musically I consider this work to fit in a progressive metal sonority with folk/medieval elements and not the other way around has it might look like reading the above lines, with the instruments being well combined in a symbiotic way that allows to keep the modern characteristics concerning weight and melody and at the same time implementing the sound of the ancestral instruments, creating an epic engagement. The album as an all is very good from which I highlight the tracks “Aurembiaix” in a Korpiklaani style, a track filled with energy and vivacity; “El Conqueridor” that gets inspired by Andalusian folk; “Ales Negres”, a beautiful medieval inspired ballad and the homonymous “El Llibre dels Feyts” that is has if sang by the King himself, in a sort of history closing.

By choosing to work around such as important figure of their history while Spanish as well as Catalonian, we could classify Forja’s first major work as auspicious and risky. The truth is the band has been polishing their sound since first recordings, getting here with a clearly higher level that could only end up in an excellent album.

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