A banda progressiva instrumental Mexicana Glass Mind lançou o seu segundo trabalho “Dodecaedro” no início desde ano; a 5 de Maio vai ficar disponível na Europa através da editora Italiana Rockshots Records. Este interregno de seis anos desde a estreia com "Haunting Regrets" serviu para tocarem em alguns grandes eventos e darem a conhecer o seu virtuosismo musical; paralelamente foram compondo alguns singles ("Detritus", "Inside The Whale" e "Babel") que fazem parte deste novo registo conceptual da banda.
De uma forma muito simples, este álbum é composto por cinco músicas e quatro “intervalos”. Confusos? Passo a explicar… O álbum está estruturado numa lógica “música comprida e complexa” intercalada com “música curta e descomplexada”; não só pela estrutura quaternária mas também pelos nomes escolhidos fazem-me lembrar as “As Quatro Estações” de Vivaldi. Da mesma forma que o compositor Italiano criou a sua obra de modo a transpor a ideia das estações em cada concerto também aqui a banda criou quatro pequenos trechos que, ao invés de passarem estados sensoriais através da música, creio servirem como “pausa” entre a complexidade musical que se escuta nas restantes cinco faixas. É que complexidade é mesmo a palavra de ordem aqui tal é a mescla de estilos presente, com o djent e as suas desconstruções e escalas quebradas a assumir um papel de destaque assim como uma profunda vertente jazzística que sobressai não só na multiplicidade como nas rápidas mudanças de ritmo. Sendo estas as principais influências não se podem descurar as restantes também presentes, como sejam o rock/metal, mathcore, o óbvio progressivo e alguma etnicidade presente sobretudo em “Babel” e “Seco”.
Mais do que excelentes executantes, este quarteto é claramente o espelho de quem gosta de música, não apenas na sua vertente mais direta e simples mas sobretudo na sua envolvência e heterogeneidade. “Dodecaedro” é um admirável registo musical mas não é para todos, apenas para aqueles que vivem e sentem a música na sua pluralidade em termos estruturais mas ao mesmo tempo procuram a simplicidade dos pequenos pormenores.
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Progressive instrumental Mexican band Glass Mind released their sophomore “Dodecaedro” in the beginning of the current year; at May 5 it will be available in Europe through Italian label Rockshots Records. This six years interregnum since the debut "Haunting Regrets" made it possible for them to play in some major events and show their musical virtuosity; at the same time they were composing some singles ("Detritus", "Inside The Whale" and "Babel") that now are part of the band’s new conceptual work.
In a simple way this album is composed by five songs and four “intervals”. Confused? I will explain… The album is structured in a logic “long and complex song” interleaved with “short and uncomplicated song”; not only by its quaternary structure but also by the chosen names it reminds me of Vivaldi’s “The Four Seasons”. The same way the Italian composer created its masterpiece in a way it could transpose the idea of seasons in each concert, the band created four small tracks that instead of transmitting sensory states through music I do believe they act as “pauses” between the musical complexity listenable in the other five tracks. Complexity is the mottoes here such is the blend of genders present, with djent and its deconstructions and broken scales assuming a leading role, also with a profound jazz component which highlights not only in multiplicity but in the fast rhythm changes as well. Being this the main influences we cannot neglect the others such as rock/metal, mathcore, the obvious prog and some ethnic mainly present in “Babel” and “Seco”.
More than excellent performers this quartet is clearly a reflection of those who enjoy music, not only in its more direct approach but mainly in its engagement and heterogeneity. “Dodecaedro” it’s an admirable musical work but not for the masses, only for those who leave and feel music in all its variety but at the same time the simplicity of the small details.
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