Talking with Andreas Dötsch about "Freak on Frets"



Alguns dias atrás publiquei algo sobre “Freak on Frets”, o álbum de estreia de Andreas Dötsch. Mas depois percebi que faltava alguma coisa mais e decidi deixar o Andi ter a palavra.

Davi: Olá Andreas, obrigado por teres tempo para falares sobre ti e o teu álbum.
Andreas: Então Davi, como vãos as coisas? É um prazer ter uma entrevista aqui em Portugal! Obrigado pelo apoio que me estás a dar!

Davi: Em primeiro lugar, porquê o título “Freak on Frets”?
A: Oh, isso é fácil; muitos dos meus amigos têm alcunhas diferentes para mim. Alguns chamam-me “Wicked”, outros “Freak” na guitarra. É por essa razão que dei ao álbum o nome de “Freak on Frets”; soa bem. “Freak on Frets”, para mim é um álbum de heavy metal instrumental de audição fácil. Eu sei que soa a paradoxo ou irónico mas ele contém oito faixas de puro heavy metal instrumental que não deveria ser apenas do interesse de músicos mas sim para todos. Não é um espetáculo de habilidades ou uma porra d’um “olhem só para mim”! É puro heavy metal! Eu apenas substituí as vozes pela minha guitarra! Foi um desafio difícil criar canções sem vocalização que não fossem soar aborrecidas mas foi divertido de fazer. Lembro-me do dia em que destruí uma das minhas guitarras no sofá durante as gravações porque estava tão chateado com um riff que não estava a resultar, até arrancou a cobertura de madeira. O homem que o consertou chamou-me de parvalhão… mas eu não desisti. Queria “Freak on Frets” e consegui-o!

D: Até agora apenas trabalhaste como músico de sessão ou substituto em bandas. Porquê agora decidiste mostrar-te como um guitarrista talentoso?
A: Não era minha intenção fazer um concurso de habilidades. Há alguns anos atrás trabalhei no Musikmesse Frankfurt para um mestre de guitarras que construiu a minha e algumas para uma pequena empresa de amplificadores, ”CAST Amplification”. Fiz algumas faixas de apoio e toquei como suporte em clubes na e em redor da minha cidade. As pessoas perguntavam-me por um CD e assim nasceu a ideia de “Freak on Frets”. Quando comecei as gravações tive a noção de que precisava de praticar ainda mais do que praticava e essa foi a razão do tempo que levou até ficar satisfeito. Bom para mim, bom para o público!

D: Neste trabalho cobres um vasto leque de influências. Era tua intenção mostrar a tua versatilidade, não tinhas bem a certeza do que escolher ou era outra coisa?
A: A raíz de cada música é o heavy metal; uma canção como “Classic 5” é uma pequena paródia ao Yngwie Malmsteen enquanto que “Heavy Funk” lembra-me o som do funk mas é mais pesada e tocada com distorção. A primeira canção que escrevi foi “The Shark Song“ com influências de groove mas que rapidamente muda para speed metal. O tema de abertura “That Rocks“ é mais heavy metal clássico. A minha favorita é a “Threat“ porque conta uma história de cerca de 10 minutos sem se tornar aborrecida. “Bad in Bed“ é mais hard rock mas consegui meter muitas partes loucas que me fazem lembrar quando tenho sexo, não sei porquê…

D: Uma das coisas que mais apreciei no teu trabalho é que tentas mantê-lo simples, apesar do teu óbvio talento para fazer mais. Porquê?
A: Como eu já disse: deve ser bom para todos e não apenas para músicos! O progressivo é difícil de entender mas um solo desconcertante de guitarra é sempre porreiro.

D: Acerca do teu futuro, este vai ser o teu projeto/banda principal ou vais continuar a colaborar com outros?
A: Espero poder mostrar a outros quem eu sou e o que sou capaz de fazer por isso seria bom colaborar com outros. De momento é certamente o meu projeto principal.

D: Planos para um segundo álbum?
A: Estou a trabalhar num “Freak on Frets 2“! Ainda não é o título final apenas um para trabalhar; acho que vai ser um EP com quatro ou cinco músicas. Mas fica ciente, vai ser bom! Tenho previsto começar as gravações no final do Verão de 2017.

D: Andi, mais uma vez obrigado pelo teu tempo. A minha última “questão” é sempre deixada em branco para os meus entrevistados poderem falar livremente. Usa-a como achares melhor.
A: Quero começar por dizer Obrigado pela entrevista e pelo apoio! É muito importante para pequenas bandas e músicos como eu. Quero também usar a tua última “questão” para disponibilizar a minha música a todos por aí que tenham interesse em heavy metal bom e bem concebido. Ofereço-a através do Bandcamp; é uma ótima forma de o fazer sem um contracto com uma editora. Quero também agradecer a todas as bandas que mantém o metal vivo! É muito trabalhoso para os músicos criarem álbuns e boa música. Todas estas pessoas passam muito tempo em ensaios, gastam muito dinheiro nas gravações, no seu equipamento, para alugar uma sala de ensaios e muito mais. Muitos deles não conseguem ter uma vida com regalias como ter um carro ou um apartamento. Mas criam algo que nos faz sentir bem; criam boa música! Portanto se vais descarregar a nossa música ilegalmente ao menos aparece nos nossos concertos, compra lá merchandising ou CDs para nos apoiar! De outra forma a música um dia morrerá.

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A few days ago I posted something about “Freak on Frets”, Andreas Dötsch debut album. But then I realized something was missing so I’ve decided It was better to let Andi do all the talking.

Davi: Hello Andreas, thank you for taking the time to talk about you and your album.
Andreas: Hey Davi, how's it going? Nice to get an interview here in Portugal! Thank you for the support you're giving me!

D: First of all, why that title “Freak on Frets”?
A: Oh, that’s quite easy; many of my friends have different nicknames for me. Some call me “Wicked” some call me a “Freak” on guitar. That’s the reason i called this album “Freak in Frets”; it sounds good. “Freak on Frets” for me is an easy listening instrumental heavy metal album. I know that sounds paradox or ironic but there are eight tracks of pure Instrumental Heavy Metal that should not only be interesting for musicians but for everyone as well. It’s not a show of skills or a fucking “look at me” production. It IS pure Heavy Metal! I only replaced the vocals with my guitar! It was a tough challenge to create songs without vocals that weren’t going to be boring but it was a lot of fun. I remember the day when I smashed one of my guitars on the sofa during the recording because i was pissed of a lick that didn't work and the poti ripped the wooden top. The man who repaired it called me an asshole... But I never stopped doing it. I wanted “Freak on Frets” and I did it!

D: Until now you’ve only worked as a guest musician or replacing band members. Why only now have you decided to show yourself as a skilled guitar player?
A: It wasn't the intention to do a show of skills. Several years ago i worked on the Musikmesse Frankfurt for a Master luthier who built a guitar for me and for a small Amps company, “CAST Amplification”. I did some backing tracks and played on the exhibition to show how the Guitars and the amplifiers sound. The people liked it so i played as a support act in clubs in and around my hometown. The people asked me about a CD and the idea for “Freak on Frets” was born. When I started recording I realized that I had to practice a lot more than I did and that's the reason why I needed a long time until I was satisfied. Good for me, good for the people!

D: In this work you cover a wide range of influences. Was your intention to show how versatile you are, you weren’t quite sure of what to choose or it’s something else?
A: The root for every song is heavy metal; a song like “Classic 5” is a little parody on Yngwie Malmsteen while “Heavy Funk” reminds quite a bit of funk but is much more heavier and played with a lot of distortion. The first song I wrote was “The Shark Song“ with grooving influences but he changes fast to speed metal. The opener “That Rocks“ is more of a classical Heavy Metal piece. My favorite is “Threat“ because it tells a story for about 10 minutes without getting boring. “Bad in Bed“ is more a Hard Rock piece but I squeeze a lot of crazy tones out of my guitar that reminds me of having sex, I don't know why...

D: One of the things I’ve enjoyed most in your work is that you try to keep it simple, although your obvious talent to do much more. Why?
A: As I’ve said: it should be good for everyone, not only for musicians! Prog is hard to understand but a nut shaking guitar solo always rocks.

D: About your future, will this be your main project/band or will you keep on collaborating with others?
A: I hope to show others who I am and what I´m able to do so it would be nice to collaborate with others. At the moment it is indeed my main project.

D: Any plans for a sophomore album?
A: I´m working on a “Freak on Frets 2“! This will not be the final name but it is a working title for it; I think it will be an EP with four or five tracks. But be sure, it's going to be good! My plan is to start recording in late summer 2017.

D: Andi, again thank you for your time. My last “question” in always left in blank for my interviewees to speak freely. Use it as you please.
A: First I want to say Thank You for the interview and the support! It is very important for small bands and musicians like me! Additionally I want to use your last “question“ to offer my music to everyone out there who are interested in good handmade Heavy Metal. I offer my music only on Bandcamp; it’s a good way to offer it without a label deal. I also want to thank all the bands out there who are keeping the metal alive! It’s a lot of work for musicians to create albums and good music. All these people spent a lot of time for rehearsals, spent a lot of money for the recording, their equipment, to rent a room for rehearsals and much more. Many of them can't afford a life with benefits like a nice car or a own flat. But they create something that makes us feeling good; they create good music! So if you're going to download our music illegally please visit at least our concerts, buy some merch or CDs on concerts to support us! Otherwise music will die anytime.

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